quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Lixo: problema ou solução?

Lixo. Existem toneladas e toneladas dele ocupando espaço pelo mundo. Em muitas cidades, esta massa indesejada tem que ser exportada para outras cidades, onde paga-se uma taxa para armazenar-lo ali. Um caso que ilustra perfeitamente esta situação é a crise do lixo que acontece na cidade de Nápole na Itália. O lixo é deixado aos montes nas calçadas e vias públicas por onde a população não consegue nem trafegar. O problema foi basicamente pela falta de "lixões", ou seja, espaço para se armazenar/tratar o lixo. O mais interessante é que como sempre, buscaram a solução do problema no lugar errado: incinerando.  Incinerar o lixo é basicamente transferir todos os tóxicos presentes no lixo para o ar que respiramos.
Outro exemplo exagerado, porém engraçado, é dado no filme Idiocracy, dirigido por Mike Judge. O filme gira em torno da teoria de que pessoas com QI alto tem menos filhos que pessoas  com QI baixo, e que assim, daqui a 1.000 anos toda a humanidade não teria inteligência para resolver problemas básicos como saúde, meio ambiente e organização. Uma cena interessante do filme é uma panorâmica da cidade cheia de lixo, com prédios remendados e auto-estradas pela metade.

Se compararmos os cenários veremos que não estamos longe do cenário criado por Mike Judge.
Voltando então à questão inicial "Lixo: problema ou solução?". De fato, um raciocínio primitivo vê o lixo como problema. As linhas modernas de produção industrial pregam a chamada "produção mais limpa" onde são traçados planos para a aplicação dos 3 R´s na industria: "Reduzir", "Reutilizar" e "Reciclar". Bem, a indústria está mudando. Onde estaria então o problema?
Querendo ou não, o maior problema está em nós, consumidores. O brasileiro por exemplo, produz em média 1 Kg/dia de lixo. Outros países como os Estados Unidos, a produção per capita chega a 2 Kg/dia. É muito lixo. O que fazer com isso tudo então? Bem, existe muitas soluções que cada pode fazer dentro de casa. Estarei sempre postando algo do gênero. Mas ja fica a primeira dica:

"Minhocasa"
A "minhocasa" é um sistema de compostagem que visa convertar lixo doméstico em fertilizantes naturais (humus). Para tanto, pode-se utilizar de qualquer material orgânico: cascas de frutas, aparas de verduras, restos de alimentos, borra de café, saquinhos de chá e até as folhas do seu quintal. A concepção do sistema foi desenvolvido pelo Institudo Coopera, de Brasília, que adaptou um sistema ja desenvolvido na Austrália. O sistema é composto por três caixas plásticas empilhadas, sendo que no compartimento do meio se encontra a colônia de minhocas, composta por duas espécies: vermelha da Califórnia e a gigante Africana. E o cheiro? Geralmente lixo cheira mal. O mal cheiro do lixo advém da fermentação e esse processo não acontece neste sistema. Na minhocasa a relação entre o nitrogênio e o carbono é balanceada na proporção de um para dois, respectivamente. Quando há excesso de nitrogênio, o lixo fica muito húmido, entra em estágio anaeróbio e fermanta. O carbono tem a função de aerar o sistema, criando canais de ar. Esse sistema pode ser utilizado em qualquer lugar: apartamento, casa ou sítio. Medidas assim, tomadas pelo próprio povo pode diminuir o impacto que a administração pública causa com a falta de políticas públicas voltadas para estes assuntos.

Um comentário: